Esta p
roposta de escrita foi feita a partir de "vícios de linguagem" que geraram situações divertidas e foram aproveitados, simultaneamente, como
motivação para a escrita, para a integração correta das expressões no sentido do
enriquecimento do texto, e para estímulo à criatividade dos alunos.
A proposta obrigava à criação de uma pequena narrativa com a
inclusão das personagens Cagora e Porcassim e ao uso das expressões “que agora”
e “porque assim”.
Nasceram histórias muito criativas e bem escritas. Aqui ficam algumas das que mais gostámos.
O biscoito roubado
Era uma vez um senhor chamado Cagora
e uma senhora chamada Porcassim. Eles viviam juntos na rua José Moedas.
Um dia, o
Cagora foi à cozinha, viu uns biscoitos no forno e disse:
— Porcassim,
posso comer estes deliciosos biscoitos?
— Não, que
agora ainda estão quentes! – respondeu a Porcassim.
Mas o Cagora
tirou um biscoito na mesma e queimou-se, mas mão disse nada porque assim a
mulher já não lhe ralhava.
Pedro Agatão (3º D)
O meu bairro
Na loja do senhor Torres o dia começa
muito cedo porque assim consegue vender muito pão e empadinhas que o senhor
Cagora faz na padaria.
Uma vez que agora entro na escola às
nove horas da manhã, já posso levar no meu lanche uma sandes de pão quentinho
com queijo e manteiga porque assim já não preciso de comer outras goluseimas
que andam por aí.
Aqui no meu bairro, existe uma
rotunda que é das maiores da cidade de Beja, tem vários repuxos de água que
agora, como é inverno, estão desligados. Estou desejosa que os dias sejam
maiores para que quando venho da escola ainda possa ir brincar um pouco com as
minhas vizinhas à rotunda.
O ano passado combinamos jantar mais
cedo para podermos brincar com o primo da minha vizinha que se chama Porcassim.
Ele era muito divertido e todos nós lhe perguntávamos quem se tinha lembrado de
lhe por o nome, mas ele não sabia e dizia que não tinha importância.
Lara Filipe (3º D)
Uma pescaria doida
Era uma vez dois amigos que viviam
numa aldeia, o Porcassim e o Cagora.
Certo dia foram fazer uma pescaria
para o rio. Quando lá chegaram tiraram as minhocas e as canas de pesca.
— Porque é que pões assim a cana?
— Porque assim apanho mais peixes!
— Mas eu acho que agora não há
peixes.
Nesse mesmo instante a cana do Cagora
ficou presa.
— Acho que agora já tenho um peixe
gigante!
Mas quando a cana saiu da água trazia
uma bota.
O Cagora ficou muito triste.
— Deixa lá, já apanhas… — disse o
Porcassim.
Mas o Cagora estava mesmo triste
porque assim já não levava peixe para o almoço.
Afonso Penacho (3º D)